Caros,
Num empreendimento inovador como o da Torre Eiffel, os problemas surgem. Os ribeirinhos do rio Sena entraram com um processo contra a Torre, alegando que, por algum acidente, ou erro de cálculo, a Torre poderia cair sobre eles… Quem poderia garantir a segurança da Torre, algo novo, feito com material novo, elevando-se a uma altura inédita, e que só seria ultrapassada 40 anos depois, por meros 18 metros, pelo Edifício da Chrysler, em Nova Iorque?
Bem, nem a cidade de Paris nem a o Estado Francês quiseram garantir nada. Mas Gustave Eiffel garantiu. Ele, como proprietário da empresa construtora da Torre garantia que 1) a Torre não cairia, e 2) se caísse, arcaria com todos os custos, reparações e indenizações pertinentes. Gesto que tranquiliza. Quantos donos de empresa, quantos magnatas fariam isso hoje, garantindo, pessoalmente, seu produto, seu serviço, seu processo, sua construção?
Constitui feito notável que nenhum trabalhador tenha morrido na obra da Torre Eiffel.
Em 1888, porém, eclodiu uma greve que ameaçou atrasar bastante a obra. Os trabalhadores queriam aumento de um valor fixo, independentemente do salário, alegando que o risco era o mesmo para qualquer um. (Uma espécie de adicional por periculosidade?…) Eiffel conseguiu negociar e os trabalhos prosseguiram.
A Torre Eiffel foi inaugurada em 31.3.1889 e o – oh! – dos visitantes deslumbrados da Exposição Universal de 1889 ecoa até hoje.