Notas & Comentários – 28-10-2022 – Apresentação

Caros,

Na mesma época em que Morse criou o Telégrafo, foi inventada a Fotografia. Começava a terceira fase da Revolução da Informação. A primeira foi a Escrita (com o alfabeto); a segunda, a Imprensa (com os tipos móveis de Gutenberg).

A nova imaginária – com impressos, posters, desenhos, propaganda, mas sobretudo fotografia – constituiu não apenas um suplemento à linguagem, mas começou a substituir a linguagem, como a maneira dominante de articulação, entendimento e verificação da realidade. Ao final do séc. XIX, marqueteiros e donos de jornal entenderam que uma imagem valia não apenas mil palavras, mas muitos milhares de dólares.

Tornou-se mais importante fascinar do que expor argumentos complexos ou tentar ser coerente.

Sim, a tecnologia é um amigo, confirma Postman (escrevendo em 1993!), mas um amigo que exige confiança e obediência que a maioria… está disposta a dar. Afinal, os dons da tecnologia são abundantes. Há, porém, um outro lado, um lado obscuro nessa amizade: o custo é alto. ‘Expresso de forma dramática, pode-se dizer que o crescimento descontrolado da tecnologia destrói as forças vitais de nossa humanidade. Pois cria uma cultura sem uma fundação moral. Solapa certos processos mentais e relações sociais que fazem valer a pena viver. A Tecnologia, em suma, é um amigo e um inimigo.’

Aí chega o quarto estágio da Revolução da Informação, a Radiodifusão, mas isso é outra história.

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