Caros,
Clemenceau era médico e jornalista e, claro, político. Sua tese de doutorado rebatia ideias de um certo… Louis Pasteur. Ora, mesmo a medicina de Clemenceau era política e ideológica, sendo Pasteur católico e ele contra, sendo Pasteur monarquista e ele contra.
Mais tarde, quando as teses espetaculares de Pasteur se revelaram verdadeiras, Clemenceau reconheceu que ele, o Tigre, estava errado e que Pasteur, o benfeitor da humanidade, estava certo.
Fico aqui pensando como Clemenceau conseguia ganhar suas eleições, dada a acidez de seu discurso…
“Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante a guerra e depois de uma pescaria”.
Clemenceau não se preocupava muito em espantar o eleitor:
“Uma escada de Ministério é um lugar em que aqueles que chegam tarde cruzam com aqueles que saem cedo”.
Tinha uma visão bizarra do funcionário público e das mulheres:
” Os funcionários públicos são os melhores maridos: Quando eles voltam para casa, não estão cansados e já leram o jornal”.
” As mulheres vivem mais tempo do que os homens, sobretudo quando são viúvas”.
E sua opinião dos políticos não era muito melhor:
” Um traidor é aquele que deixa seu partido para se filiar a outro; um convertido é aquele deixa esse outro para se filiar ao seu”.
Às vezes tinha ares de visionário…:
” A França é um país extremamente fértil: nela, plantam-se funcionários e crescem impostos”.
Sua impaciência e autossuficiência podem ser resumidas em frases assim:
“Toda tolerância se torna, com o tempo, um direito adquirido”.
“Para tomar uma decisão, é preciso um número ímpar de pessoas, e três já é demasiado”.
” Os cemitérios estão cheios de pessoas insubstituíveis, que foram todas substituídas”.