Caros,
Como já dissemos, o desafio da Catedral Florença não advinha apenas das dimensões colossais da cúpula em si, mas de toda logística associada.
Para elevar tijolos, mármore, cimento, e até a alimentação dos trabalhadores, as máquinas existentes eram inadequadas. As catedrais anteriores no mundo medieval utilizavam a Rota Magna, uma roda com um homem que, ao andar dentro dela, fazia subir o peso, atado a uma corda.
Por isso, em vez de um homem andar na Rota Magna, Bruneleschi criou uma máquina que usava bois ou cavalos, e uma roda dentada fazia a mudança de direção do movimento (de horizontal, com o cavalo, para vertical, com o objeto a ser içado). Foi assim que subiram mais de 4 milhões de tijolos com os quais a cúpula da Catedral de Florença foi construída…
Os trabalhadores faziam as refeições lá em cima, durante a construção da cúpula. Seria demasiado grande o tempo perdido se os operários tivessem que descer para almoçar e depois subir de novo…
Brunelleschi havia prestado bastante atenção a duas cúpulas em Roma: a do Panteão e a da Domus Aurea, a Casa Dourada do Imperador Nero. Estudou bem esses casos, inferiu hipóteses, tirou conclusões, assumiu uma segurança que o fez construir a cúpula da Catedral de Florença que continua lá, brindando nossa vista e suscitando nossa admiração até hoje.
Boa semana,
Sávio.
Leia esta Nota na íntegra.