Caros,
Estas Notas parecem tratar de guerra, mas tratam de uma Mãe de 4 Soldados.
Os 4 filhos homens de Edith Roosevelt, esposa do 26º Presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, foram para a guerra. Para eles era uma honra defender a pátria. Podiam ficar em posições mais cômodas, mas, não: preferiram expor-se ao combate. Dos 4 filhos dela, 3 morreram durante as guerras mundiais. Um, Quentin, morreu na Primeira Guerra Mundial (1918); outros dois, Kermit (1943) e Ted Jr. (1944), na Segunda Guerra Mundial. Só Archibald Roosevelt sobreviveu às duas Guerras Mundiais, apesar de ferido em ambas, e em ambas dispensado por perda de condições de lutar; chegou aos 87 anos de idade.
O avião que Quentin Roosevelt pilotava foi abatido pelos alemães em 1918. Os alemães, como propaganda, fotografaram o corpo de Quentin, ao lado dos destroços do avião. Ele tinha 20 anos.
Kermit Roosevelt, que acompanhara o pai na famosa Expedição ao Rio da Dúvida, no Brasil, e da qual Rondon participou, Kermit, numa crise de depressão, suicidou-se em 1943, com um tiro. Ele tinha 53 anos. Disseram à mãe, como para atenuar-lhe a dor, que tivera um ataque cardíaco.
Ted Jr. herdou uma artrite dos ferimentos sofridos na Primeira Guerra Mundial. Foi o único general a desembarcar, na primeira leva, na Normandia no Dia D. Sobreviveu ao desembarque mas morreu de um ataque cardíaco no mês seguinte. Tinha 56 anos.
Assim, três dos quatro filhos homens de um ex-presidente dos Estados Unidos e de sua esposa Edith Roosevelt, morreram na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, longe da mãe. O quarto filho, Archibald Roosevelt, foi gravemente ferido nas duas Guerras Mundiais e discharged, em ambas, por já não estar apto a lutar.
Fico pensando nas angústias e na dor infinita de Edith Roosevelt. A morte no serviço da pátria não é consolo para uma mãe perder um filho. Perder três! Ela visitou o túmulo deles depois das guerras.
Edith morreu, em 1948, aos 87 anos; tinha pedido que não retirassem de seu dedo o anel de casamento.
Boa semana,
Sávio.