Notas & Comentários – 11-04-2025 – Apresentação

Caros,

“Amigo é pra essas coisas”? No começo da República, parece que era.

Vamos iniciar agora uma série de Notas sobre dois personagens – e protagonistas – da República, Xavier da Silveira e Silva Jardim. Ambos já eram republicanos ainda no Império.

Jardim percorreu o Brasil propagando a ideia da República, chegou a sofrer um atentado. Mas os próceres do novo regime o ignoraram largamente. Não deixei nem que participasse do ato solene de Proclamação da República.

Silveira agiu, mas agiu de forma discreta e eficiente. Foi Governador, Chefe de Polícia do Distrito Federal (a antiga Corte, no Rio de Janeiro), Deputado, etc.

O destino dos dois constitui uma lição do que é política, implicando que mais valem conexões com as elites do que com o povo. Até porque o povo não faz revoluções – é sempre a elite que faz – usando o povo, claro. Como disse Talleyrand:

« Agitar o povo antes de se servir dele, sábia máxima”

E, para culminar tudo, Silva Jardim, que resolveu mudar um pouco de ambiente, foi espairecer na Europa e… morreu tragado pelo Vesúvio. Como? Vamos ver.

Boa semana,
Sávio.