Caros,
Havia (há?) dois tipos de políticos: Silva Jardim, militante, e Xavier da Silveira, pragmático.
Silva Jardim envolveu-se completamente na campanha republicana, chegando, para isso, a vender sua banca de advogado e dissolver sua sociedade com seu sogro, Martim Francisco, prestigioso neto de José Bonifácio de Andrada e Silva, o “Patriarca da Independência”.
Já Xavier da Silveira, quando morreu, em 05.3.1912, tinha percorrido uma carreira meteórica na República:
- Em 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da República, foi feito Delegado de Polícia no Rio de Janeiro.
- Em 10 de março de 1890, com apenas 26 anos de idade, foi nomeado governador do Rio Grande do Norte.
- Sob o Presidente Floriano Peixoto (1891–1894), foi nomeado Chefe de Polícia do Distrito Federal: quanto poder!
- Em 1897 foi nomeado ministro da Justiça e Negócios Interiores.
- Foi Deputado de maio de 1897 a dezembro de 1899.
- O Presidente Campos Sales o nomeou Prefeito do Distrito Federal em 11.10.1901, permanecendo nessa função até 27.9 de 1902. Deu início à construção do Cais Pharoux, na Praça 15 de Novembro; iniciou a avenida Beira-Mar e inaugurou a iluminação elétrica de Ipanema. Foi o iniciador dos melhoramentos materiais da cidade, continuados pelo prefeito Pereira Passos.
- De 1910 a 1912, foi presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, atual Ordem dos Advogados do Brasil.
- Como apoteose, em 1936, no governo de Getúlio Vargas, foi dedicada a Silveira Martins a efígie da nota de 50 mil réis!
Que trajetória fulgurante, a de Xavier da Silveira! E Silva Jardim já estava morto na cratera do Vesúvio há muito tempo.
Boa semana,
Sávio.