Caros,
Azincourt foi a maior derrota militar que a França já sofreu em sua história. E tão humilhante quanto a Batalha da França na 2ª Guerra mundial: quando a França se rendeu em 40 dias aos alemães.
O Rei Henrique V tenta levar seus soldados de volta para a Inglaterra, por causa de uma tremenda disenteria em suas fileiras. Mas em 24 de outubro de 1415 um exército francês muito mais numeroso (e sadio) o intercepta na localidade de Azincourt. Era o dia de São Crispin e São Crispiniano.
A Batalha de Azincourt, mais uma vitória do Arco Longo, foi celebrizada por Shakespeare, na peça Henrique V. O Rei reconhece que a vitória não foi dele, mas dEle, de Deus. E proíbe qualquer glorificação pessoal. Henrique V permite apenas que cantem o belíssimo hino Non nobis domine non nobis sed nomini tuo da gloriam (https://www.youtube.com/watch?v=hPXXuEel0fU) e um Te Deum.
Mas guerra é sempre brutal. Os franceses atacam o campo inglês e apreendem a espada do Rei, sua coroa, os selos reais e parte do tesouro real. Por medo de ser atacado por trás, Henrique V ordenou o massacre dos prisioneiros. Mas seus arqueiros recusam, não por caridade, mas por ambição: recusam porque tal ato eliminaria a possibilidade de exigir resgate pelos prisioneiros. Sim, o resgate de prisioneiros importantes era uma das principais fontes de renda de soldados e nobres.
Os franceses sofreram uma derrota catastrófica. Ao todo, cerca de 6.000 de seus combatentes jaziam mortos no chão. A elite francesa estava dizimada.
As perdas totais dos ingleses somaram 13 cavaleiros, incluindo o duque de York, neto de Eduardo III, e o jovem conde de Suffolk, e 600 soldados rasos.
Os ingleses, enfraquecidos pela disenteria, estavam fortalecidos pelo Longbow. E beijaram o chão de Agincourt pedindo a ajuda de Deus, antes da batalha.