Caros,
Numa visita ao Mont Saint-Michel, um guia, ao mostrar a igreja abacial e o claustro, nos revelou uma coisa excepcional: a igreja é a medida de Deus; o claustro é a medida do homem.
Sim, a igreja, projetando-se para o alto, como que em busca do infinito, dá ideia da medida de Deus; o claustro, de altura modesta, se abaixa à medida do homem.
Ao contrário da idéia recebida, a Idade Média foi uma era de criação em que os maiores espíritos do mundo Ocidental rezavam, meditavam, ensinavam e governavam – São Bernardo de Claraval, São Francisco de Assis, São Tomás de Aquino, Roger Bacon, São Luís Rei de França… –, enquanto os construtores de catedral erigiam essas extraordinárias igrejas, testemunhas do altíssimo pico de civilização atingido pela Cristandade medieval.
Os monumentos medievais da França não seriam os mesmos sem Violet-le-Duc, um arquiteto extraordinário, um grande gênio artístico, um gigante da restauração no séc. XIX. Notre-Dame de Paris se tornara um monumento dilapidado e arruinado pela Revolução francesa, com todas (todas!) as estátuas quebradas, arrancadas ou marteladas: Violet-le-Duc a restaurou de forma primorosa, e ei-la, em sua majestade, para alegria dos nossos olhos.
Vive la France!