Caros,
O funeral de De Gaulle ocorreu em 12.11.1970 em Colombey-les-Deux-Églises, na presença de 50.000 pessoas. A oração fúnebre foi proferida por um padre, combatente da Resistência.
De Gaulle morreu assim: Em 9.11.1970, jogava paciência, como de costume, quando se queixa de uma dor nas costas, antes de sucumbir, vítima de um aneurisma de aorta abdominal. Em 20 minutos estava morto, antes mesmo que chegassem o médico e o padre: um para tratar da saúde do corpo, o outro para cuidar da saúde da alma.
O anúncio da morte de De Gaulle, pelo seu sucessor, Georges Pompidou, foi digno: “A França está viúva”. Não era exagero.
Em Paris, muitos Chefes de Estado estrangeiros reuniram-se para homenagear a memória do General em Notre-Dame; fora, no adro da Catedral, 70 mil pessoas acompanhavam a cerimónia.
A vida de De Gaulle foi muito movimentada. Ele e seus 3 irmãos foram mobilizados e lutaram na Grande Guerra. Imagine-se a angústia da mãe dos meninos – para a mãe, os filhos são sempre “os meninos”… Graças a Deus, todos sobreviveram. Charles de Gaulle foi ferido várias vezes e ficou preso pelos alemães durante 32 meses, até o Armistício, em 1918.
Na Débacle de 1940, De Gaulle foge para a Inglaterra, é acusado de traição, ao ‘pôr em perigo a segurança do Estado, e por deserção’. É condenado por Vichy à “pena de morte, degradação militar e confisco de bens móveis e imóveis.” Perde também a nacionalidade francesa… A vida de De Gaulle não foi simples…
Nas suas Mémoires de Guerre, De Gaulle afirma ter “uma certa ideia da França”, considerando que “a França não pode ser a França sem a Grandeza”. Certo, mas, infelizmente, isso passou. Agora, a Grandeur é coisa do passado, morreu com De Gaulle. Mas a estatura do General – o maior herói da França no séc. XX – permanece.
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