Caros,
Na lateral e no topo de Notre-Dame de Paris existem umas esculturas chamadas Gárgulas e outras chamadas Quimeras. São dois bichos diferentes.
A gárgula serve para jogar a água da chuva longe das paredes, preservando-as; a quimera serve para… nos divertir, talvez nos assombrando um pouco.
Frequentemente, as Gárgulas assumem a forma de animais fantásticos e até assustadores. Datam da Idade Média, que se divertia, inclusive com coisas úteis.
As Quimeras são essas estátuas sem nenhuma função, postadas sobre o parapeito, no alto da Catedral: grotescas e assustadoras, fantásticas e demoníacas: não existiam na Idade Média, que se pautava muito pela praticidade das coisas. As Quimeras foram inventadas por Eugène Violet-le-Duc, o grande restaurador de Notre-Dame no séc. XIX, e que se tornaram um grande sucesso.
Acima, Quimeras olham do parapeito da Catedral, sem outra função que assustar. O povo gosta de assombração. Uma Quimera pensa em como pegar um fiel desavisado; outra, está prestes a pular e pegar o incauto.
A Gárgula se projeta com um cano na barriga – e joga a água da chuva longe da parede. Não precisava ter essa cara feia…
Notre-Dame – Gárgulas e Quimeras (1): São dois bichos diferentes. A gárgula serve para jogar a água longe das paredes, preservando-as; a quimera serve para… nos divertir, ainda que nos assuste.
A gárgula, é como um cachorro que late, para brincar, como se assustasse, mas afinal faz um bem, – ajuda a preservar o edifício. A quimera, é como um cão que late, para assustar, e só isso.
As gárgulas foram instaladas nas extremidades das calhas para dar vazão às águas pluviais da cobertura e são apenas a terminação dos dutos e canos de escoamento de água. Seria muito feio um cano, sem mais, se projetando para fora dos muros da Catedral.
À medida que se projetam no vazio, as águas da chuva, às vezes torrenciais, são atiradas para longe das paredes da catedral, que não sofrem desgaste por isso.
Frequentemente, as gárgulas assumem a forma de animais fantásticos e até assustadores. Datam da Idade Média, que se divertia, inclusive com coisas úteis. A água (aqui, simbolizando um mal) é projeta da longe da Igreja, preservando-a.
Notre-Dame – Gárgulas e Quimeras (2): As quimeras são essas estátuas grotescas e assustadoras, fantásticas e demoníacas: não existiam na Idade Média, que se pautava muito pela praticidade das coisas. As quimeras foram inventadas por Eugène Violet-le-Duc, o grande restaurador de Notre-Dame no séc. XIX, e que se tornaram um grande sucesso. O povo gosta de se assombrar.
Às vezes a quimera podia ter algum significado religioso, como o pelicano acima, à esquerda. O pelicano é um símbolo da Caridade, pois os antigos diziam que ele arrancava partes da própria carne para alimentar materialmente seus filhotes – uma imagem de Nosso Senhor, que se sacrificou dando seu corpo e seu sangue para alimentar espiritualmente a humanidade e salvá-la.
O Galo: O galo de cobre repuxado, localizado no topo da Flecha de Notre-Dame de Paris, pesa aproximadamente 30 kg, e é obra de Adolphe-Victor Geoffroy-Dechaume, que também esculpiu os Apóstolos que descem sobre da base da Flecha, como que vindo a nós.
O Galo contém três relíquias: um fragmento da Santa Coroa de Espinhos (que fica custodiada no Tesouro da própria Catedral de Notre-Dame), uma relíquia de Saint Denis (São Dionísio, primeiro Bispo de Paris) e uma de Sainte Geneviève (Santa Genoveva), padroeira de Paris.
O galo funcionaria, portanto, como um “pára-raios espiritual” protegendo os fiéis do mau tempo do mundo. Talvez também alertando os fiéis para os perigos de negar a fé, como alertou São Pedro para o perigo de negar Nosso Senhor, levando -o a chorar de arrependimento – ao ouvir o galo cantar.
No Adro da Catedral de Notre-Dame de Paris está o marco zero de todas as estradas da França. A inscrição é esta:
« POINT », « ZÉRO », « DES ROUTES » , « DE FRANCE ».
Trata-se de uma realidade e de um símbolo. Paris, a capital do país, goza de uma preeminência enorme na França. E Notre-Dame situa-se na ilha da Cité, o coração da cidade desde a época romana.
A Cité era a parte fortificada da cidade. Foi o coração de Paris, como a City foi o coração de Londres.
É justo que Notre-Dame de Paris seja o início das estradas da França – indicando que todos os caminhos levam a ela.