Caros,
Churchill mudou de partido duas vezes na vida.
“Política é a capacidade de prever o que vai acontecer amanhã, na próxima semana, no próximo mês e no próximo ano. E ter a capacidade de explicar depois por que isso não aconteceu.”
Churchill, que sustentou seu povo por todos aqueles duros anos de guerra contra o nazismo, Churchill foi derrotado nas eleições de 1945. Foi nessa época que terá dito:
“Nunca mais terei nada a ver com política ou políticos. Quando esta guerra terminar, limitar-me-ei a escrever e a pintar.”
Nada. Em 1951, Churchill engole suas palavras e volta ao cargo de Primeiro-Ministro… Bem, suas palavras pareciam saborosas:
“Ao longo da minha vida, muitas vezes tive que engolir minhas palavras e devo confessar que sempre considerei isso uma dieta saudável.”
Como Primeiro Lord do Almirantado, Churchill foi responsabilizado pelo enorme fracasso britânico nos Dardanellos, em 1915. Mas era contra a adversidade que ele mais crescia:
“Kites rise highest against the wind, not with it.”
“A pipa sobe mais alto contra o vento, não a favor.
Churchill adorava charuto Havana, mas apreciava mais a fumaça do que fumar. Nunca teve problema de pulmão.
E quase sempre bebia champagne nas refeições; seu favorito era o Pol Roger. Andrew Roberts (Churchill: Walking with Destiny. Viking, 2018) conta que ele chegou a se dar bem com Stalin talvez porque os dois bebiam muito, como se disputassem para ver quem bebia mais…
Morto, porém, a autópsia de Churchill mostrou que o álcool não afetou seu fígado, que se encontrava tão preservado como o de uma criancinha…
Ou seja, ele tirava mesmo mais do álcool do que o álcool dele. Mas, atenção, isso, só Churchill…
Mudando de lado: Churchill virou a casaca duas vezes na vida. A primeira foi em 1905. Churchill atravessou a sala (“he crossed the floor”), mudando do lado Conservador para o Liberal, e o Primeiro- ministro, Sir Henry Campbell-Bannerman, o nomeou Subsecretário das Colônias.
“Politics is the ability to foretell what is going to happen tomorrow, next week, next month and next year. And to have the ability afterwards to explain why it didn’t happen.”
“Política é a capacidade de prever o que vai acontecer amanhã, na próxima semana, no próximo mês e no próximo ano. E ter a capacidade de explicar depois por que isso não aconteceu.”
Ou seja, o político vive da pouca memória do eleitor.
“Politics is not a game. It is an earnest business.”
“Política não é um jogo. É um negócio sério.”
Obviamente a ênfase é em “negócio” mais do que em “sério”.
Político sempre: Churchill, que tirou a Inglaterra do abismo da derrota, e sustentou seu povo por todos aqueles anos de guerra contra o Nazismo, Churchill foi derrotado nas eleições de 1945 por Clement Attlee. O povo, ingrato, gosta de promessas e de deixar-se enganar. Talvez tenha sido aí que Churchill disse, entre a vitória na Europa (VE Day) e antes da do Pacífico e (VJ Day):
“The best argument against democracy is a five-minute conversation with the average voter.”
“O melhor argumento contra a democracia é uma conversa de 5 minutos com um leitor médio”.
Por essa decepção, pode ter sentenciado:
“I am never going to have anything more to do with politics or politicians. When this war is over I shall confine myself entirely to writing and painting.”
“Nunca mais terei nada a ver com política ou políticos. Quando esta guerra terminar, limitar-me-ei a escrever e a pintar.”
Que nada. Em 1951, Churchill engole suas palavras e volta ao cargo de Primeiro-Ministro…
“In the course of my life I have often had to eat my words, and I must confess that I have always found it a wholesome diet.”
“Ao longo da minha vida, muitas vezes tive que engolir minhas palavras, e devo confessar que sempre considerei isso uma dieta saudável.”
Sim, Como Primeiro Lord do Almirantado, Churchill foi responsabilizado por esse enorme fracasso britânico. Mas enfrentou o insucesso, porque é contra a adversidade que ele crescia; Churchill era como uma pipa:
“Kites rise highest against the wind, not with it.”
“A pipa sobe mais alto contra o vento, não a favor.
Charutos: Em 2007, o jornalista Stephen McGinty lançou o livro “Churchill’s Cigar“, no qual relata a simpática história de um caso de amor consumido diariamente na fumaça. Churchill era um apaixonado por charutos, de preferência cubanos, os quais consumia diariamente; seu Havana preferido era o Romeo y Julieta. Mas, note-se, apesar de Churchill aparecer muitas vezes em fotografias com um Havana entre os dedos, seu consumo não era grande: não mais do que 12 por dia… Porém, seu charutos se apagavam e eram acesos e se consumiam ao longo das horas: sim, se consumiam mais do que eram fumados. Churchill apreciava mais a fumaça do que fumar; talvez por isso nunca teve problema de pulmões. Nunca usava isqueiros, apenas fósforos de palito grande. Os charutos cubanos nunca tiveram tamanho garoto-propaganda na história, e sem custo.
Bebida: A família de Winston sempre viveu bem. Tinham cozinheiros de primeira, e a adega era ampla. Churchill quase sempre bebia champagne nas refeições, como era costume entre os políticos de sua geração; seu favorito era o Pol Roger. No Brasil, uma garrafa (750 ml) do Champagne Pol Roger Cuvée Sir Winston Churchill 2015 custa uns R$4 mil…
Andrew Roberts (Churchill: Walking with Destiny. Viking, 2018) conta que ele chegou a se dar bem com Stalin porque os dois bebiam muito, como se disputassem para ver quem bebia mais…
Morto, porém, a autópsia de Churchill mostrou que o álcool não afetou seu fígado, que se encontrava tão preservado como o de uma criancinha…
Ou seja, era mesmo verdade que ele tirava mais do álcool do que o álcool tirava dele. Mas, atenção, Churchill era uma safra especial entre os grandes personagens da história…