Caros,
Impressionante a contribuição intelectual científica da Áustria e Império Austro-húngaro naqueles primeiros anos do séc. XX, e depois: Wolfgang Pauli (Nobel de Química), Erwin Schrödinger (Nobel de Física), Ludwig Boltzmann (o da Constante), Christian Andreas Doppler (o do Efeito), Gregor Mendel (o da Genética), Ferdinand Porsche (o do Carro, inclusive do Volkswagen), Nikola Tesla (o da Corrente Alternada)… Também em áreas humanísticas, filosóficas e econômicas, onde aspectos éticos e morais precisam ser ponderados, a Áustria deu Sigmund Freud, Alfred Adler, Ludwig Wittgenstein, Karl Popper, Paul Feyerabend, , Joseph Schumpeter, Ludwig von Mises, Friedrich Hayek (“Nobel” de Economia), para citar apenas alguns…
Os cientistas austríacos costumavam frequentar as universidades alemãs.
Erwin Schrödinger, o homem que concebeu a Equação de Onda da Mecânica Quântica, pela qual receberia o Prêmio Nobel de Física de 1933, teve a honra de, em 1927, suceder a Max Planck na Sociedade Friedrich Wilhelm, em Berlim.
Em 1933, porém, Schrödinger decidiu deixar a Alemanha porque desaprovava veementemente o antissemitismo dos nazistas. Isso é impressionante, pois o discurso de ódio nazista ainda não se tornara ação. Tentou a Inglaterra. Foi logo após sua chegada a Oxford que recebeu o Prêmio Nobel de Física, junto com Paul Dirac, pela eminente contribuição à Mecânica Quântica. Foi para a Universidade de Graz, na Áustria, em 1936.
Em 1938, após o Anschluss, Schrödinger teve problemas em Graz por causa de sua fuga da Alemanha em 1933 e de sua conhecida oposição ao nazismo. Eis que, por conveniência, ele emitiu uma declaração retratando-se desta oposição… No entanto, esse gesto de fraqueza não bastou, e a Universidade de Graz o demitiu por falta de confiabilidade política.
Não há arrependimento, nem perdão, nem redenção em regimes totalitários. Schrödinger conseguiu fugir para a Irlanda.
Boa semana,
Sávio.
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