Caros,
Filippo Brunelleschi estudou longamente, pacientemente, detalhadamente o Panteão. O que era aquilo? Como conseguiram fazer aquela cúpula?
Ninguém sabe ao certo qual o simbolismo do Panteão. Mas é certo que a abóbada era um símbolo dos céus, a morada dos deuses. O sol, diziam os antigos, é o olho de Zeus: seria o óculo do Panteão?
Como a Coluna de Trajano, igualmente universal em sua mensagem, e cuja finalidade é igualmente difícil de interpretar, o Panteão é um ícone da missão de Roma. Esses dois monumentos são as mais significativas criações da arte romana.
Mas o que Filippo Brunelleschi estudou mesmo em Roma foi a maneira de construção da cúpula do Panteão. E ele iria empregar o resultado de suas observações na cúpula da Catedral de Florença.
Um tema colateral: Uma das acusações contra os cristãos era – vejam só – que os cristãos eram ateus: no Panteão estavam todos os deuses, mas os cristãos afirmavam categoricamente que Deus, o Deus cristão, que era o único e verdadeiro Deus, não estava ali, ainda que omnipresente…
Foram necessários quase três séculos para os romanos entenderem isso. Desde as perseguições de Nero, a partir de cerca de 64 a.D., ser cristão era um crime punível de morte. Só após a vitória de Constantino em 312 a.D., na Batalha da Ponte Milvio, um cristão podia dizer que era cristão sem risco de morrer. Os 250 anos entre Nero e Constantino foi a Era dos Mártires.
Boa semana,
Sávio.
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