Caros,
Em maio de 1933, Planck foi recebido em audiência pelo recém-nomeado Chanceler da Alemanha, Adolf Hitler. Argumentou que “a imigração forçada de judeus mataria a ciência alemã” e que “os judeus poderiam ser bons alemães”, ao que o chanceler respondeu “mas não temos nada contra os judeus, apenas contra os comunistas.”
Aí é difícil. Contra o cinismo, o sofisma e a mentira a ciência nada pode. A ciência só avança se a premissa for verdadeira.
O problema era que para Hitler “os judeus são todos Comunistas, e estes são os meus inimigos.”
E aí o governo nazista, ora, vejam só, iniciou uma investigação sobre a ascendência de Planck, alegando que ele era “1/16 judeu” (ou seja, um bisavô de Planck – ou bisavó – seria judeu)…
Em 1944, Erwin, o filho mais novo de Planck, a quem ele era muito apegado, foi preso pela Gestapo após a tentativa de assassinato de Hitler na Conspiração de 20 de Julho. Julgado e condenado à morte, Erwin foi enforcado, em Berlim, em janeiro de 1945. Planck já havia perdido sua primeira esposa e 3 dos seus 4 filhos com ela. A morte deste seu filho destruiu a vontade de viver de Planck.
Max Planck, o Pai da Física Quântica, morreu em Göttingen, lugar daquela grande universidade, em 4 de outubro de1947.
Boa semana,
Sávio.