Caros,
(Estas serão as penúltimas Notas sobre a saga de Brunelleschi, e eu planejava falar sobre a solução dele para a cúpula nas últimas Notas. Tenho, porém, um amigo impaciente, Lúcio (aquele que não navega uma canoa, mas sabe conduzir uma frota), a cuja fiel amizade de décadas não posso negar nada, me compeliu a abrir a solução já…)
Que conjunto mais majestoso: o Batistério, com suas Portas do Paraíso, de Ghiberti; o Campanário erigido por Giotto, e a catedral com sua monumental cúpula concebida e realizada por Brunelleschi.
Vale notar que as igrejas italianas, ao contrário das catedrais francesas, tinham cúpula. Os dois modelos geraram monumentos belíssimos à glória de Deus. Mas foi a Itália que deu o passo seguinte. Enquanto a França permanecia no modelo da Idade Média, a Itália já estava na Renascença. Durante três séculos, Florença foi um manancial de grandes artistas com grandes obras.
A Itália, Florença, em particular, possuía a ideia de conjunto das coisas, entendia, de forma genial, aquela nova arte e aquele mundo novo que surgiam. Colombo e Vespúcio ilustram esse conceito.
O genovês Cristóvão Colombo descobriu a América, mas foi o florentino Américo Vespúcio quem entendeu que aquelas terras não eram parte do leste da Ásia, mas de um novo mundo. E foi a um Medici que, em 1504, Vespúcio enviou a famosíssima carta Novus Mundos: e o novo continente passou a ser chamado de América. Mas isso é outra história…
Boa semana,
Sávio.