Notas & Comentários – 16-9-2022 – Apresentação

Caros,

A Igreja nunca se preocupou com a teoria de Ptolomeu ou a de Copérnico. Nenhum dos dois sistemas tinha a menor possibilidade de existência física, com aquela multidão de ciclos e epiciclos e até epiciclos sobre epiciclos. Ou seja, não era possível que um planeta girasse em torno de um ponto que, por sua vez, girava em torno do Sol, ou de um ponto excêntrico próximo ao Sol… Era muita acochambração, com perdão da vulgaridade. Os Sistemas de Ptolomeu e de Copérnico eram meramente instrumentos matemáticos, um modelo, para fenômenos astronômicos observados, nada mais. Não havia sobreposição, nem invasão, nem desdouro, nem contradição entre esses modelos e a Teologia. Tanto que o livro de Copérnico fora publicado havia já mais de 70 anos, e a Igreja jamais o proibiu, nem tomou nenhuma medida para proibir.

Os dominicanos do Convento de San Marco e o padre Caccini, da igreja de Santa Maria Novella, escandalizados com a Carta à Grã-Duquesa Cristina, fizeram denúncias à Inquisição. As duas denúncias foram… arquivadas.

Quem conseguiu, por presunção, por uma autoestima extremada, por um narcisismo astronômico, quem conseguiu acender o fogo da controvérsia foi Galileu. E causou uma confusão tão grande, entre Igreja e ciência, que levou 350 anos para ser mais ou menos apaziguada.

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