Notas & Comentários – 9-9-2022 – Apresentação

Caros,

A fama de Eiffel anterior à torre advinha de projetos que espantaram o mundo: suas estupendas pontes de ferro e a estrutura da Estátua da Liberdade.

O nome de família de Gustave Eiffel era Bönickhausen. O Eiffel foi acrescentado por um ancestral da família, originário da localidade de Eiffel, na Alemanha. Era mais fácil para um francês pronunciar. Mas Gustave tinha problemas com esse seu nome de família, ‘pois uma consonância alemã podia pôr em dúvida sua nacionalidade francesa, o que o prejudicava nos planos individual e comercial’, principalmente depois da Guerra Franco-prussiana de 1870-71. Com efeito, um empregado que fora demitido por Eiffel o acusou de ser um espião a serviço de Bismarck…Gustave Eiffel conseguiu mudar seu nome: em vez de Gustave ‘Bönickhausen, dit Eiffel’, ficou apenas Gustave Eiffel.

Desde 1803, Napoleão Bonaparte regulamentou os nomes de batismo (prénoms) aceitáveis na França. Tinha de ser nome francês, em geral nomes de santos, ou do Antigo Testamento, ou do mundo clássico greco-romano. Ninguém podia mais se chamar Marat ou Robespierre ou Mohamed, considerados heróis um dia e bandidos a partir do outro. Essa lei permaneceu aplicada até os anos 1960, sendo revogada apenas em 1993.

Isso se aplicava inclusive a imigrantes. É por isso, por essa lei de Napoleão, que Platini, de família italiana, é Michel; que Sarkozy, de família húngara, é Nicolas; que Yves Montand não era Ivo; que Aznavour era Charles. Aliás, o “Montand” de Ivo, digo, de Yves surgiu porque sua mãe (família italiana), quando o mandava subir ao apartamento, gritava: “monta!”.