Caros,
Antes de iniciar sua espetacular aventura na política Churchill quis colocar sua vida privada em ordem. Em 1906, ele já havia pago sua dívida para com sua família ao publicar seu magnífico Lord Randolph Churchill. Como disse seu primo, Ivor Guest: “Poucos pais fizeram menos pelos filhos. Poucos filhos fizeram mais pelos pais.” Agora ele queria uma família própria.
Em agosto de 1908, Churchill pediu em casamento Clementine Hozier, filha do falecido coronel Sir Henry Hozier, secretário do Lloyd’s. Outras garotas tentaram atraí-lo, e algumas delas tinham argumentos bastante substanciais: eram ricas e de famílias poderosas. Mas Clemmie combinava com ele e ele a amava.
“A successful marriage requires falling in love many times — always with the same person.” ( Mignon McLaughlin)
“Um casamento bem-sucedido requer apaixonar-se muitas vezes – sempre pela mesma pessoa.”
E foram fiéis um ao outro sempre. Se é claro que cicatrizes são parte da vida, elas são de diferentes qualidades:
“Hate leaves ugly scars, love leaves beautiful ones.”
“O ódio deixa cicatrizes feias, o amor deixa lindas cicatrizes.”
Sim. Entre todas as elites dominantes do século XX, os Churchill, Winston e Clemmie, podem ser considerados como tendo tido o casamento mais bem sucedido, all things considered. Churchill reconhece a importância crucial disso:
“My most brilliant achievement was my ability to be able to persuade my wife to marry me.”
“Meu mais brilhante feito foi ter conseguido persuadir minha esposa a se casar comigo.”
Família: Churchill percebeu que estava prestes a embarcar em sua primeira grande aventura na política e decidiu colocar sua vida privada em ordem. Em 1906, ele já havia pago sua dívida para com sua família ao publicar seu magnífico Lord Randolph Churchill. Como disse seu primo, Ivor Guest: “Poucos pais fizeram menos pelos filhos. Poucos filhos fizeram mais pelos pais.” Agora ele queria uma família própria. Solteiro, an eligible bachelor, apaixonou- se, como mandava o figurino, por várias moças, ou assim pensava, e saía valsando pelos salões de baile de Mayfair. Mas o ritmo dele era diferente… “Pisei no dedo do pé do Príncipe de Gales”, registrou ele complacentemente, “e o ouvi gritar”.
Bem, em 1908, Churchill pediu em casamento Clementine Hozier, filha do falecido coronel Sir Henry Hozier, secretário do Lloyd’s. Outras garotas tentaram atraí-lo, inclusive Violet, a filha de Lord Asquith, Primeiro-ministro entre 1908 e 1916, e algumas delas tinham argumentos bastante substanciais: eram ricas e de famílias influentes. Mas Clemmie combinava com ele e ele a amava. Churchill sempre colocou a felicidade acima do dinheiro:
“A successful marriage requires falling in love many times — always with the same person.” ( Mignon McLaughlin)
“Um casamento bem-sucedido requer apaixonar-se muitas vezes – sempre pela mesma pessoa.”
Não dá para explicar essas coisas de amor:
“The secret of a happy marriage remains a secret.” (Henny Youngman)
“O segredo de um casamento feliz permanece um segredo.”
Clemmie e Winston – o casamento que deu certo: Chesterton ficou horrorizado com a facilidade com que as pessoas se divorciavam nos EUA no começo do séc. XX, por incompatibilidade. Ora, se essa fosse uma razão válida, Chesterton achava que todos deveiriam se divorciar, pois não há coisa mais incompatível do que um homem e uma mulher. E arrematava Chesterton: o casamento é um duelo até a morte. Clemmie e Winston tiveram disputas épicas, mas o casamento seguiu firme. E foram fiéis um ao outro sempre.
Sim. Entre todas as elites dominantes do século XX, os Churchill, Winston e Clemmie, podem ser considerados como tendo tido o casamento mais bem sucedido, all things considered. E, apesar das tentações do poder, da solidão imposta pelo cumprimento do dever, foram totalmente fiés ao outro.
Clemmie e Winston – apesar dos maus precedentes: Clementine se dedicou completamente ao seu notável marido, deu-lhe muitos bons conselhos (que nem sempre foram seguidos), confortou-o em seus muitos contratempos profissionais e o acalmou quando ele estava na exuberância do triunfo. “Ele sempre insiste que eu esteja com ele”, disse ela, “e então imediatamente esquecia minha existência”. (Mas é isso, Clemmie, cada cônjuge necessita do conforto da presença do outro, ainda que não lhe dê toda atenção continuamente). Eles tiveram um filho, Randolph, e quatro filhas, Diana, Sarah, Marigold (falecida na infância) e Mary. Churchill afirmava:
“My most brilliant achievement was my ability to be able to persuade my wife to marry me.”
“Meu mais brilhante feito foi ter conseguido persuadir minha esposa a se casar comigo.”
E foi um casamento para a vida inteira, até a morte de Churchill em 1965: 56 anos de um casamento feliz:
“Marriage is like a golden ring in a chain, whose beginning is a glance and whose ending is eternity.” (Khalil Gibran)
“O casamento é como um anel de ouro preso a uma corrente, cujo início é um olhar e cujo final é a eternidade.”
Casamento e infidelidade – a mãe de Clementine Churchill: Contam Paul Johnson (Churchill. Penguin Books, 2010) e Sonia Purnell (First Lady – The Life and Wars of Clementine Churchill. Aurum Press, 2016) que tanto Churchill como Clementine tinham mães bastante promíscuas (e pais também). Lady Blanche Hozier, mãe de Clemmie, teve muitos amantes, o marido vivo, dez ao mesmo tempo. Clemmie não era filha do marido de sua mãe Sir Henry Hozier, uma pessoa aparentemente muito chata e que não queria filhos. Bem, sua esposa queria e acabou tendo vários, fora do casamento. Um candidato a pai de Clementine era um oficial de cavalaria namorador, “Bay” Middleton, mas a maior possibilidade, segundo Sonia Purnell, era Bertie Mitford, 1.º Barão Redesdale, avô das notórias irmãs Mitford. Bertie queria filhos, e teve muitos, inclusive fora do casamento. Se assim for, é curioso pensar que Clementine Churchill era tia das irmãs Mitford… Que confusão.
Alimenta os gossips o fato de que, no casamento de Clementine e Winston Churchill, Bertie Mitford (o possível pai de Clemmie) estava sentado na primeira fila, justo ao lado de Blanche Hozier (a mãe de Clemmie).
Casamento e infidelidade – a mãe de Winston Churchill: Jennie Churchill, a mãe de Winston, também teve vários amantes (o príncipe de Gales, o embaixador da Áustria, etc., conforme Andrew Roberts em Churchill: Walking with Destiny, Viking,1918) enquanto Lord Randolph ainda estava vivo, e a lista pode até ter incluído o tal Middleton (associado a Blanche Hozier). Após a morte de Lord Randolph, ela teve mais, e depois ainda se casou duas vezes com homens mais jovens (o último dos quais, 3 anos mais novo que Jack Churchill, o irmão mais novo de Winston). Aí, Jennie sofreu uma de suas quedas, por usar salto altíssimo, o que a levou à mortificação de amputar a perna e à morte (em 1921). Jennie, ciosíssima de sua beleza, morreu sem uma perna. Bem, não há dúvida, entretanto, de que Churchill era filho de Lord Randolph, marido de Jennie.
Fidelidade: Diante dos fatos em geral, e da família em particular, é deveras notável que Winston e Clemmie, filhos de adúlteras tão persistentes, tenham formado um casal tão fiel. Dada a natureza aventureira e imprudente de Churchill, sua fidelidade é notável. Ajudou, talvez, o fato de Churchill haver concentrado enorme energia na vida política. Certamente, o casamento foi poupado de muitos dos problemas irritantes da proximidade, pois as horas de Churchill – até tarde discutindo com colegas, levantando-se apenas na hora do almoço depois de trabalhar na cama – significavam que eles levavam existências separadas sob o mesmo teto. E cada um tinha seu próprio quarto, desde o início. Seja qual for a razão, a fidelidade foi uma dádiva de Deus e um importante fator que contribuiu para o sucesso de Churchill. Bem, a maldade do homem é parte do homem. Churchill:
“The power of man has grown in every sphere, except over himself.”
“O poder do homem cresceu em todas as áreas, exceto sobre si mesmo.”
Bem, a vida tem sempre cicatrizes, mas de diferentes qualidades:
“Hate leaves ugly scars, love leaves beautiful ones.”
“O ódio deixa cicatrizes feias, o amor deixa lindas cicatrizes.”